João Manoel de Oliveira, como o nome indica, nasceu no mês de junho e uma data que não gostava de passar em branco era o São João. Todo mês de junho, no dia 23 se acendia a fogueira, o milho era comprado e a canjica era feita. Não havia um ano que isso não acaontecesse. As coisas não mudaram quando vieram morar na cidade e assim que adquirida a Fazenda a festa continuou, só que ,a partir de então, as comemorações a São João, que é o nosso padroeiro, passaram a ser no terreno.
Para não quebrar tal tradição, seus filhos e sua esposa, nossa querida matriarca Rosilda Cavalcanti Oliveira, se empenharam e muito. A festa sempre houve. As filhas foram trazendo os namorados, que posteriormente viraram maridos. Os filhos trouxeram as namoradas, que posteriormente viraram esposas. E assim a festa foi cresecendo. Os netos vieram e a festa crescendo.
Acharam interessante chamar amigos pro arráia. E a festa crescendo. Pra animar chamaram um sanfoneiro. E a festa crescendo.
A quantidade de pessoas na familia aumentou, o número de amigos a serem chamados foi crescendo e então resolvemos arrumar a festa e transformar o nosso arraiá em festa tradicional do primeiro sábado de junho de todo ano.
Nosso patriarca, que começou tudo isso, não viu onde chegamos. Nunca viu no que nossa festinha de casa se transformou. Ou talvez esteja vendo.
João Manuel morreu em 1998, dois dias depois do seu aniversário, em 18 de junho. A época era de festa, a dois dias haviamos comemorado do nosso jeito o seu aniversário e as vitórias do Brasil naquela copa, mas não conseguimos te-lo por mais tempo.
Um ano depois resolvemos organizar tudo e desde 1999 estamos marcando presença no calendário junino da cidade.
Esse ano realizamos, no dia 7 de junho, nosso XI Arraiá da Fazenda São João e, se Deus quiser, continuaremos seguindo em frente com esse projeto que pomos em prática também em tributo a João Manoel de Oliveira.
